Transações feitas por mobile banking aumentam 138% e impulsionam novidades no setor, como adoção da inteligência artificial e da internet das coisas para melhorar o atendimento
As instituições bancárias brasileiras investiram em torno de R$ 19 bilhões em tecnologia em 2015, o que representa 3,7% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), deixando o país na última posição do ranking mundial de maiores investimentos em TI. É o que aponta pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
De acordo com o estudo, os recursos são dirigidos desde aos conceitos mais comuns – como core banking, agências, mudanças legais, mobilidade e segurança – até ao entendimento sobre as mudanças de comportamento do consumidor, mais adapto ao mundo virtual e às novas tecnologias bancárias. Como reflexo da crescente necessidade de acesso aos dados a partir de um aplicativo móvel, de 2014 e 2015, as transações feitas por mobile banking aumentaram 138%, passando de R$ 4,7 bilhões para R$ 11,2 bilhões.
Veja, a seguir, as principais tendências tecnológicas desse setor:
1. Blockchain:
Tecnologia por trás do bitcoin que possibilita um novo modelo de organização distribuída. Por meio dela, é possível rastrear o processo de ponta a ponta e as informações não podem ser apagadas, tornando as transações tão seguras e confiáveis quanto no mundo fechado e centralizado atual – algo importante na cultura digital, em que as pessoas realizam a maioria das ações via aplicativos móveis.
2. Internet das Coisas (IoT):
As seguradoras já vêm aplicando a chamada IoT para avaliar a forma que seus segurados dirigem, o que torna possível aprimorar o modelo de precificação do seguro. Um carro “inteligente” também pode avisar o motorista sobre a possibilidade de chuva forte e potenciais alagamentos, por exemplo, o que evita um sinistro.
3. Inteligência artificial (IA):
Ramo da ciência da computação capaz de elaborar sistemas que simulem a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas. Ferramentas de IA possuem capacidade de interagir em linguagem natural, proporcionando uma relação mais humana e com qualidade. Dessa forma, é possível utilizar essas capacidades para, por exemplo, criar um perfil detalhado de cada cliente – utilizando geolocalização, interações na web, histórico de transações e dados de dispositivos wearables – para melhorar a experiência com o banco.
Imagem: Pixabay