Redes intuitivas: conhecendo a si mesmas

janeiro 14, 2019
Novo conceito para redes corporativas combina elementos de hardware e software em busca de sistemas mais fáceis de gerir e que, no futuro, sejam capazes de se corrigir sem intervenção humana Os serviços em nuvem são o futuro. Isso significa lidar com uma enormidade crescente de dados a serem trafegados, armazenados, analisados e acessados de […]

Novo conceito para redes corporativas combina elementos de hardware e software em busca de sistemas mais fáceis de gerir e que, no futuro, sejam capazes de se corrigir sem intervenção humana

Os serviços em nuvem são o futuro. Isso significa lidar com uma enormidade crescente de dados a serem trafegados, armazenados, analisados e acessados de qualquer dispositivo. Nesse contexto, as redes empresariais precisam responder aos desafios.

No entanto, em boa parte das organizações, a infraestrutura de redes ainda é configurada manualmente, com uma gestão excessivamente complexa e que gera lentidão na resposta às demandas de negócio. Há ainda uma pressão permanente por mais segurança, conforme os ataques de hackers se tornam mais comuns – segundo o Gartner, os gastos com segurança da informação no mundo todo chegarão a US$ 124 bilhões em 2019.

É nesse cenário que surgem as redes intuitivas, ou intent-based networking. Trata-se de um conceito relativamente novo, apresentado pela Cisco em 2017, e que busca reinventar as redes corporativas para que sejam mais intuitivas e simples, agindo de acordo com a demanda e se adequando sozinhas às políticas de cada negócio. Isso pressupõe mais automação, mais análise de dados e uso de machine learning.

Segundo a Cisco, as redes intuitivas se baseiam em três pilares: 1 – contexto (que tipo de usuário vai usar a rede e quantos, como será utilizada, em que ambiente, para que finalidade, entre outras informações); 2 – necessidade (o que o cliente quer alcançar?); e 3 – conhecimento preditivo (analisar o máximo possível de informações e evidências para antecipar problemas e permitir que o usuário os corrija).

Na prática, uma rede intuitiva está constantemente aprendendo sobre si mesma, se adaptando e se protegendo. “São redes baseadas em objetivos tangíveis, como quando um usuário no escritório remoto precisa acessar aplicações na rede corporativa. Conseguimos entregar de forma automatizada toda forma de computação de rede.”, explica Rafael Guerra, engenheiro de sistemas de data center e redes corporativas da Cisco.

Cinco elementos

Uma rede intuitiva considera camadas de software e hardware, que permitem não só consistência da configuração, mas que a própria ferramenta identifique a necessidade de ajustes. E com precisão: ela mostra onde está o erro e quais as melhores práticas para os corrigir.

As cinco partes da solução são:

> DNA Center: dashboard que busca centralizar e simplificar a gestão e o provisionamento da rede.

> Acesso definido por software (Software Defined Access): ele se vale de redes virtuais automatizadas para uma segmentação segura entre equipamentos ligados à rede.

> DNA Analytics and Assurance: utiliza analytics e machine learning para analisar os dados coletados da rede em tempo real e recomendar ações ao administrador antes mesmo que os problemas surjam.

> Encrypted Traffic Analytics (ETA): que detecta o tráfego de dados para identificar ataques e programas maliciosos com 99% de precisão, sem necessidade de desencriptar o tráfego.

> Catalyst 9000: família de switches construídos especificamente para as soluções de rede intuitiva.

“Nossa visão de rede inclui que ela seja suficientemente inteligente para se autocorrigir. Mas, neste momento, nosso objetivo é conseguir informar o usuário sobre possíveis problemas e propor formas de resolver”, pondera Guerra.

Simplicidade

Segundo o engenheiro da Cisco, um ambiente de rede intuitiva é muito mais fácil de gerenciar, e para isso se vale de uma nova metodologia de operação, que traz ganhos de agilidade no provisionamento de rede e a torna também mais segura ao prevenir roubos de informação ou brechas. “Temos capacidade de detectar se o tráfego é malicioso ou não, tomando ações para proteger as redes do cliente. E ao invés de usar várias linhas de comando, com dois cliques é possível fazer isso”, explica.

Não por acaso, a simplicidade tem sido uma das principais demandas dos gestores de rede que procuram essas soluções. Nesse sentido, com a rede intuitiva, não é mais necessário gerenciar um equipamento por vez, já que todas as conexões estão em um único console.

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