Conectividade: os desafios de levar tecnologia a lugares remotos

maio 14, 2019
Soluções precisam estar multiconectadas, ou seja, alternar conexões entre 3G, 4G e bandas por satélites para atender às diversas realidades das empresas Estimativas do Banco Mundial mostram que um aumento de 10% na oferta de banda larga em um país desenvolvido contribui com 1,21% de crescimento extra no Produto Interno Bruto (PIB). No caso dos […]

Soluções precisam estar multiconectadas, ou seja, alternar conexões entre 3G, 4G e bandas por satélites para atender às diversas realidades das empresas

Estimativas do Banco Mundial mostram que um aumento de 10% na oferta de banda larga em um país desenvolvido contribui com 1,21% de crescimento extra no Produto Interno Bruto (PIB). No caso dos emergentes, como o Brasil, o percentual de aumento do PIB é ainda maior: 1,38%.

Mas há um desafio nesse cenário: o Brasil é um país com dimensões continentais e muito diverso em suas características. Segundo o estudo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de 2016, ainda existem pelo menos 190 cidades sem acesso à internet, localizadas principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Por isso, para empresas que precisam estar nessas localidades, garantir a conectividade se torna um desafio.

Marco Bartulihe, especialista de vendas e negócios da 2S, explica que uma das dificuldades é a limitação técnica desses lugares mais afastados. Um dos possíveis caminhos, conforme o especialista, é o uso de soluções multiconectadas, ou seja, que alternam conexões entre 3G, 4G e bandas por satélite. Essas ferramentas ampliam a disponibilidade de conectividade mesmo em locais com pouca ou nenhuma banda.

Bartulihe cita como exemplo as mineradoras, que, em geral, operam em áreas mais remotas e podem fazer uso dessas soluções para ampliar sua cobertura. “O sistema de chaveamento entre conexões, em conjunto com um software de gestão de dados e informações, permite às mineradoras fazerem mais em menos tempo. Ter conectividade nesse modelo de ambiente, que é bastante hostil, aumenta os ganhos operacionais e, principalmente, amplia a segurança do trabalhador, inserindo serviços de rastreamento de pessoas e a possibilidade de acionamento remoto de dispositivos, reduzindo a necessidade da presença de pessoas em áreas de alta periculosidade”, destaca o especialista.

Setores como agronegócio e utilities enfrentam o mesmo nível de dificuldade, como explica Gisele Braga, gerente de transformação digital da 2S. “As grandes extensões de áreas a serem cobertas e a carência de serviços de comunicação oferecidos por operadoras em áreas mais longínquas são grandes desafios para setores que precisam de soluções de rastreamento e monitoramento para otimizar suas operações.”

A gerente dá o exemplo da frota conectada no setor de distribuição de energia, que monitora em tempo real o trabalho das equipes de rua. Segundo Gisele, a solução é composta por um roteador, uma aplicação desenvolvida para o setor e óculos de RA (Realidade Aumentada) para manutenção. Os veículos são conectados à rede externa com duas opções de operadoras e uma alternativa via satélite. O chaveamento entre os serviços é automático, de acordo com a disponibilidade e o tipo de dado que trafega por cada um dos modos de conexão. Os tablets ou smartphones com a aplicação funcionam como clientes do roteador, através de conexão wi-fi. E a aplicação permite a interação do eletricista com a base de forma simples e dinâmica, usando sistema de BI (Business Intelligence) para definição das OSs (Ordens de Serviço). “Dessa forma, aumenta-se a disponibilidade da frota e é possível fazer a medição de produtividade de cada um dos veículos”, afirma a especialista da 2S.

A solução também traz a ferramenta de telemetria, que promove ganho em aproveitamento de recursos, em gestão de consumo de combustível e em segurança, pois traz um controle maior de como está a dirigibilidade do motorista.

Segurança

Muitas empresas ainda não têm um ambiente seguro para um alto nível de conectividade, que possibilita aplicações com trânsito de grande volume de informações. “Com alta conectividade, aumenta o número de brechas para invasões em qualquer ambiente. É necessário estabelecer, portanto, um padrão e uma infraestrutura de segurança para evitar esses riscos, antes de conectar sensores e medidores inteligentes. Somente assim o fluxo de dados é protegido”, explica Gisele.

A segurança da informação se mostra como um dos grandes desafios junto à conectividade, principalmente porque uma leva à outra. Soluções como realidade aumentada, inteligência artificial (IA) e monitoramento remoto exigem troca de informações e, dessa forma, as empresas precisam da infraestrutura necessária para receber tais ferramentas – o que, no caso das localizações remotas, é mais uma barreira a ser derrubada.

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