Quais os desafios mais comuns da infraestrutura de redes e segurança em um ambiente industrial? E quais tecnologias estão viabilizando o conceito de fábrica inteligente? Acompanhe a seguir
A infraestrutura de redes na indústria 4.0 pode ser considerada o sistema nervoso das plantas industriais. Isso porque a simples automação de processos, como a conhecemos nas últimas décadas, evoluiu para um conceito mais sofisticado – o de fábricas inteligentes. E, como tudo o que possui inteligência embarcada, a conectividade é o oxigênio que mantém esse complexo sistema em funcionamento.
Nesse novo paradigma, o conceito de redes inteligentes vem ao chamado do setor industrial por ganho de mais flexibilidade e escalabilidade, aumento da eficiência, redução do tempo de paradas na operação, viabilidade de inovações e desbloqueio de novos modelos de negócio. Só que tecnologia e cultura nem sempre estão em compasso.
“Ainda existe um certo abismo entre as duas disciplinas, a de tecnologia da informação e de tecnologias de automação industrial, ou de operação. Isso vem desde o mundo acadêmico, pois são matérias muito diferentes uma da outra. Envolvem pessoas com vivências e bagagens distintas, que muitas vezes não se conversam. Unir essas duas esferas em um mesmo projeto ainda é uma dificuldade na indústria, pois a rede torna as máquinas mais conectadas, adiciona uma série de funcionalidades à produção, mas gerenciar tudo isso é uma caixa preta para o time de automação”, explica Emerson Possamai, gerente de soluções industriais na 2S.
Além de conciliar TI e TO em ambientes interconectados e interdependentes, a indústria 4.0 lida com um efeito colateral inevitável: quanto mais dispositivos conectados à rede e maior a digitalização de processos, maior também é a exigência sobre os sistemas de segurança da informação.
1. https://us.norton.com/internetsecurity-iot-5-predictions-for-the-future-of-iot.html
2.2020 Unit 42 IoT Threat Report (https://unit42.paloaltonetworks.com/iot-threat-report-2020/)
3. 2020 Unit 42 IoT Threat Report
Na indústria 4.0, as tecnologias de segurança da informação desempenham ainda um papel fundamental no alinhamento da fábrica ao conjunto de normas internacionais IEC 62443, que foi desenvolvido pela International Electrotecnical Commission para proteger sistemas de automação e controle contra ameaças cibernéticas.
“A IEC 62443 é a norma que rege as principais questões em torno da cibergurança para ambientes industriais conectados. Para isso, é preciso soluções que permitam microssegmentação de redes, acesso remoto seguro e, acima de tudo, uma rede robusta, capaz de suportar as funcionalidades de IoT e inteligência artificial”, reforça o especialista da 2S.
A seguir, vamos olhar de perto para alguns desses desafios.
O conceito de redes inteligentes permeiam todo tipo de operação complexa. Mas, na indústria, há algumas particularidades. “Diferentemente de redes corporativas, estamos falando, nas fábricas conectadas, de equipamentos mais robustos, modulares, versáteis, que funcionam em painel de automação”, detalha Emerson.
Em outras palavras, a indústria 4.0 requer uma nova classe de arquitetura de redes e segurança industriais – a começar por switches e roteadores com software embarcado, que agregam poderes computacionais adicionais e permitem novas aplicações.
A conectividade wireless tornou-se uma importante habilitadora da automação nas plantas industriais, facilitando a reconfiguração das linhas de produção e a adaptação a mudanças, a redução de custos e o tempo de instalação de novos equipamentos, já que dispensa a instalação de cabos.
Atua em um ambiente físico desafiador, com alta densidade de ativos e interferência de RF (radiofrequência). Por isso, a comunicação sem fio precisa garantir confiabilidade, com baixa latência, alta disponibilidade e transferência de dados com zero perda.
Aplicada em setores e operações diversos, a virtualização do hardware permite maior eficiência na utilização dos recursos – e isso não seria diferente nas fábricas conectadas. “O mercado está cada vez mais inclinado à contratação de soluções por subscrição. E algo similar mudou o paradigma na automação da indústria. Estamos falando de aproveitar capacidades computacionais para poder executar outras funções, dentro do conceito de orquestração de software por containers. Isso traz um gerenciamento avançado de aplicativos e serviços“, detalha o especialista da 2S.
No entanto, apesar de funcionar muito bem em diferentes empresas, a virtualização das operações é consideravelmente mais complexa na indústria. Por isso, as redes industriais precisam garantir conectividade ininterrupta entre máquinas e hardware virtualizado, integrando os domínios da TI e da TO.
“Ao mesmo tempo em que a convergência entre as redes de informação e operação prometem caminhos para, por exemplo, a instalação de acesso remoto, ela também pode abrir portas para ataques que, eventualmente, acabam causando paradas no ambiente. Por isso é tão importante falarmos de segmentação de redes”, diz Emerson.
A digitalização ampliou a superfície de ataque das redes industriais, multiplicando as ameaças. Isso inclui o aumento do risco associado ao acesso externo, impulsionado pelo crescimento exponencial de usuários remotos, e também o risco cibernético proveniente e inerente aos próprios ativos internos de TO, agravado pela maior conectividade de rede e nuvem. Por isso, a segmentação macro e micro de redes zero-trust deve garantir a visibilidade dos sistemas de operação.
A 2S Inovações Tecnológicas, junto com a Cisco, está ajudando os players da indústria a viabilizar e avançar em suas jornadas de digitalização. Para isso, é necessário desenvolver uma arquitetura de redes e segurança unificada, capaz de colocar em ação toda a inteligência prometida pela era da indústria 4.0. Entre em contato conosco para saber mais.
