Segundo estimativa da Cisco, até 50% dos processos manuais em diversos negócios podem ser automatizados com a Internet das Coisas.
A Internet das Coisas dá passos largos em todo o mundo, desconstruindo o paradigma de que ainda representa uma tendência distante. De acordo com uma pesquisa da Cisco, a IoT pode acrescentar US$ 352 bilhões à economia brasileira até o final de 2022 – mais de um terço do montante projetado para a América Latina – US$ 860 milhões.
Os setores de indústrias, transportes, cidades inteligentes, varejo e energia lideram esse movimento. Ainda na estimativa da fabricante, entre 40% e 50% dos processos manuais desses mercados podem ser automatizados a partir da aplicação da IoT.
Conheça as oportunidades em três desses segmentos potenciais:
Uma mineradora brasileira adotou o conceito ao implementar, em uma instalação de extração de minério, o gerenciamento inteligente dos veículos que por ali transitam. Assim, caminhões e outros carros de grande porte passaram a ser monitorados por GPS e ganharam tablets que, conectados à rede Wi-Fi, fornecem diversas informações, por exemplo instruções de trabalho. Com uma logística mais eficiente, os gestores podem, agora, planejar o descarregamento de materiais de forma escalonada, de acordo com a localização dos veículos e seu nível de carga.
Esse é um exemplo do que já ocorre no setor de mineração – e há muitas outras possibilidades no radar. Segundo o estudo Global Industrial IoT Market Research, o mercado global de Internet das Coisas na indústria deverá crescer em torno de 26% até 2019.
Os investimentos também são altos nesse setor – a perspectiva global é de US$ 35,64 bilhões até 2020, de acordo com dados da Research and Markets. A Cisco estima que esse já é o terceiro mercado que mais irá gerar valor em IoT, representando 10% do total a ser movimentado por essa tendência na próxima década.
A Internet of Things permite ao varejista oferecer uma experiência mais direcionada para cada perfil de consumidor e interagir com ele em tempo real, além de aprimorar os processos de gestão e sistemas de pagamento.
É como Mirella Damaso Vieira, gerente de desenvolvimento de negócios da 2S, explica: “A adoção de IoT no varejo aumenta a capacidade de vendas, tornando possível identificar, por exemplo, o volume de vendas de produtos em determinados dias e horários, e também as características dos públicos que os consomem. Essa gestão inteligente pode ainda aumentar a eficiência em termos de estoque e otimização de custos”.
No conceito de cidades conectadas, a IoT traz respostas aos principais problemas da vida urbana, como trânsito e poluição, além de aperfeiçoar os serviços prestados à população.
Na área do transporte público, o uso de tecnologia para monitoramento de rotas, fluxo de passageiros e comportamento do motorista já é prática em diversas do mundo. Além da oferta de acesso seguro à internet dentro dos veículos, ampliando o conforto do passageiro, os ganhos da Internet das Coisas para os gestores do sistema são expressivos. Entre eles, está o rastreamento dos percursos mais utilizados pelo cidadão, possibilitando a criação ou adaptação de rotas que otimizam o fluxo de passageiros.
Em todo o mundo, os gastos do governo com IoT deverão atingir US$ 1,2 trilhão até 2017, segundo previsão da IDC Government Insights.